1. Por que a Xiaomi entrou no setor automotivo?
Em março de 2021, a Xiaomi anunciou um investimento de US$ 10 bilhões para ingressar no mercado de veículos elétricos (EV) . Desde então, a mobilidade Xiaomi passou de conceito a realidade, com protótipos e modelos já em produção. Além disso, a marca apostou em uma estratégia integrada “Pessoa‑Carro‑Casa” via HyperOS. Por isso, não é apenas sobre carro: é sobre uma experiência tecnológica completa.
2. Panorama dos Veículos Elétricos
🏎️ Xiaomi SU7 (MS11)
- Sedan premium produzido desde dezembro de 2023.
- Bateria de 101 kWh e plataforma de 800 V, com autonomia entre 700–830 km (CLTC) ;
- Motorização tração traseira até três motores AWD de até 1.139 kW — SU7 Max arranca de 0–100 km/h em menos de 3 s;
- Produção rápida: fábrica em Beijing, podendo fabricar um SU7 a cada 76 segundos ;
- SU7 se esgotou no primeiro trimestre de 2024, assim seu modelo Ultra arrecadou 19 000 pré‑encomendas em minutos.
🚙 Xiaomi YU7 (MX11)
- SUV médio lançado em março de 2025, com 96–101 kWh de bateria e autonomia de 760–835 km (CLTC);
- Preço na China em torno de 253 500 yuan, menos de 4% abaixo do Tesla Model Y ;
- Recebeu quase 300 000 pré-encomendas na primeira hora — prova de alta aceitação.
🚴♂️ Patinetes Elétricos
- A Xiaomi já lidera o mercado global de micromobilidade com scooters como a Mi Scooter 4 Pro, usando sua expertise em design compacto.
- Graças à sua experiência em baterias e eletrônicos de precisão, assim seus patinetes combinam autonomia, robustez e integração com Mi Home.
3. Tecnologia e Integração com HyperOS
Além disso, os EVs da Xiaomi utilizam o HyperOS, mesmo sistema presente nos smartphones, permitindo integrações como:
- Tela panorâmica com informações do ecossistema Xiaomi;
- Conectividade com Mi Home, smartphones e comandos de voz;
- Sistema de piloto automático Xiaomi Pilot Pro com L2+, sensores LiDAR e até 508 TOPS de processamento.
4. Produção, Capacidade e Expansão
- A fábrica de Beijing tem produção faseada: Fase 1 com 150 000 EVs/ano, logo a Fase 2 deve dobrar a capacidade em 2025 ;
- Em 2024, SU7 entregou mais de 135 000 unidades.
- Em março de 2025, Xiaomi levantou US$ 5,5 bi para expandir a divisão automotiva.
5. Recepção, Desafios e Concorrência
Por outro lado, a mobilidade Xiaomi enfrenta desafios iniciais:
- Clientes da YU7 enfrentam espera de até 60 semanas por entrega ;
- Houve reclamações por falta de transparência sobre prazos antes do depósito ;
- A crise nas entregas levou o CEO Lei Jun a abordar o tema ao vivo .
Entretanto, a aceitação do mercado continua forte:
- O SU7 estabelece recordes de pré-venda e a YU7 desafia a Tesla Model Y, inclusive sendo apontada como “SUV‑sized Model Y killer”.
- Analistas ocidentais, como CEO da Ford, elogiaram a tecnologia e a qualidade dos EVs chineses .
6. O Potencial Futuro da Mobilidade Xiaomi
🌐 Expansão internacional
- A Xiaomi planeja levar os modelos para Europa até 2030, assim começando com a YU7 ;
- Ainda exclui mercados como Índia, dessa forma focando inicialmente na China e depois Europa .
🚗 Novos lançamentos
- Em breve: SU7 Ultra, esportivo de alto desempenho lançado em 2025;
- Em 2025, estreia do SUV MX11, seguido em 2026 por um veículo híbrido N3 EREV .
✅ Prós e Contras da Mobilidade Xiaomi
Prós:
- Tecnologia integrada com ecossistema Xiaomi e HyperOS.
- Alta autonomia e performance (830 km, 0–100 em ~3 s).
- Posição competitiva de preço vs Tesla.
Contras:
- Longas filas de espera e falta de clareza nos prazos.
- Capacidade de produção ainda em expansão e demandas altas.
🔚 Conclusão:
Em suma a mobilidade Xiaomi já é realidade: com o SU7, YU7, HyperOS avançado e resoluções tecnológicas, a marca se posiciona como forte competidor no mercado de EV e micromobilidade. Além disso, seus patinetes mantêm o portfólio acessível e conectado.
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